Segundo dados de uma pesquisa do Ministério da Saúde de 2018, o número de brasileiros obesos cresceu 67,8% entre 2006 e 2018. É um número alarmante, afinal, a obesidade é uma doença ligada a outros graves problemas de saúde como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos. A cirurgia bariátrica é uma alternativa excelente para quem deseja sair desse quadro de risco.
No entanto, ainda existe a dúvida, quem pode fazer essa cirurgia? Quando ela é indicada? Vejamos esses pontos ao longo do texto.
A cirurgia bariátrica ou metabólica é popularmente conhecida como redução de estômago. Ela tem como objetivo promover uma perda de grande quantidade de peso. E só assim, pode melhorar as doenças relacionadas à obesidade, também chamadas de doenças metabólicas.
Não existe apenas um tipo de cirurgia bariátrica, o procedimento pode variar de acordo com o paciente. Em alguns casos, é feita uma espécie de “plástica” no estômago, que reduz seu tamanho e promove o emagrecimento devido à redução de alimentos ingeridos após o procedimento.
Também pode ser feita a mudança no caminho do alimento pelo intestino, assim, além da redução da ingestão de alimentos, há a diminuição da absorção deles.
Não é uma cirurgia recomendada para todo mundo que sofre de obesidade. Ela é indicada apenas para pessoas com o Índice de Massa Corpórea, IMC, acima de 40 kg/m², ou 35 kg/m², na presença de diabetes, pressão alta ou outras doenças relacionadas. A equipe médica especializada precisa avaliar muito bem o caso para aí sim recomendar a cirurgia.
A cirurgia também pode ser indicada em casos específicos de pacientes com IMC entre 30 e 35 kg/m² que possuem diabetes tipo 2 que seja de um controle mais difícil. E mesmo assim, com as mais avançadas técnicas disponíveis.
A cirurgia bariátrica é uma importante aliada para os portadores da obesidade. Um estudo da Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, acompanhou 13.722 pacientes obesos portadores de diabetes tipo 2 ou outras doenças. Ao longo de oito anos. Os submetidos à redução de estômago reduziram em 39% o risco de infarto ou derrame. Quando comparados aos pacientes que recorreram apenas ao tratamento clínico. Usando medicamentos ou adotando mudança nos hábitos de vida sem auxílio da cirurgia.
O risco de morte por alguma doença grave relacionada à obesidade. Também se mostrou reduzido em 41% para os pacientes adeptos da bariátrica.
É importante salientar que a redução de estômago não é um procedimento de cura para a obesidade ou para as doenças ligadas a ela. A cirurgia faz parte de um processo de tratamento desse complexo problema de saúde. O acompanhamento periódico da equipe multidisciplinar. A equipe precisa ser formada por médicos, psicólogos e nutricionistas é que vai garantir a melhora da qualidade de vida do paciente.
É importante que a pessoa se comprometa a tomar os cuidados necessários pré e pós-operatórios, além de estar determinada a mudar seus hábitos e estilo de vida. E só assim, seguindo essas recomendações, será possível reduzir o peso, manter a boa saúde e controlar as doenças metabólicas. Isso representa qualidade de vida.
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