A obesidade deve ser entendida como uma doença crônica, dispendiosa e multifatorial. Além disso, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), ela tem elevados índices de mortalidade e morbidade. Por ser uma doença complexa, a pessoa com obesidade deve contar com auxílio psicológico durante o seu tratamento, especialmente, em relação à decisão de realizar a cirurgia bariátrica.
A participação da psicologia é essencial , pois o paciente precisa desenvolver consciência em relação a diversos aspectos relativos ao procedimento cirúrgico, dos riscos envolvidos e das mudanças – principalmente corporais e psicológicas – que acontecerão.
Para esclarecer melhor esse assunto, destacaremos abaixo alguns pontos que mostram como a psicologia e a cirurgia bariátrica estão associadas e como uma ajuda a outra. Confira!
Questões psicológicas sempre figuram entre as causas que podem levar uma pessoa a desenvolver compulsão alimentar e, consequentemente, a obesidade. As duas principais são:
Dessa forma, o primeiro intuito do acompanhamento psicológico é levar o paciente à tomada de consciência a respeito da necessidade de adotar mudanças em sua vida. Sendo que isso envolve fatores como:
Por meio de instrumentos próprios, a psicologia verifica a tolerância psicológica do paciente em relação às mudanças na sua vida. Para isso, são avaliados fatores psicoemocionais referentes a aspectos como:
Além disso, a psicologia ajuda na realização de um levantamento sobre o histórico do paciente. Nele, são obtidas diversas informações, como:
Antes de fazer a cirurgia bariátrica, é necessário que a equipe médica analise uma série de aspectos referentes ao paciente. São coisas como a presença de compulsões, crises de ansiedade e fantasias sobre o emagrecimento. E a psicologia, mais uma vez, tem um papel fundamental, já que ela ajuda na identificação e avaliação desses fatores.
Ela também auxilia no entendimento sobre a relação do paciente com o alimento e a possível presença de algum transtorno alimentar, como a bulimia. Além disso, a psicologia ajuda na verificação dos níveis de estresse, ansiedade e depressão do paciente.
Outro ponto importante é a avaliação sobre a capacidade de controle emocional que o indivíduo tem diante de situações de estresse e tensão que possam comprometer os resultados do procedimento. Caso identifique-se que ele não tem condições de responder adequadamente a determinadas situações, cabe à psicologia tentar solucionar o problema.
Assim, recomenda-se que, após realizar a cirurgia bariátrica, o paciente continue tendo o acompanhamento psicológico.
Com base em tudo que foi destacado acima, percebe-se que a psicologia e a cirurgia bariátrica estão muito associadas. Por isso , o acompanhamento psicológico – antes e depois da cirurgia – é muito importante.
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