Quem Faz Cirurgia Bariátrica Vive Menos?
Quem faz cirurgia bariátrica vive menos? Essa é uma pergunta que muitas pessoas se fazem, especialmente aquelas que estão pensando em realizar esse procedimento.
Porém, a verdade é que isso não passa de um grande mito. Na realidade, em se tratando de pessoas obesas, fazer a cirurgia bariátrica pode ser determinante para que elas vivam mais.
Quer saber as razões que explicam isso? Então continue lendo e entenda por que a ideia de que quem faz cirurgia bariátrica vive menos não condiz com a realidade!
É mito que “quem faz cirurgia bariátrica vive menos”
O ganho progressivo de peso leva à redução da expectativa de vida de qualquer pessoa. Isso porque a obesidade mórbida aumenta consideravelmente o risco de complicações graves – que podem inclusive levar a pessoa a óbito. As principais são:
- Diabetes tipo 2;
- Hipertensão;
- E problemas cardíacos.
Logo, como a cirurgia bariátrica – que é indicada para o tratamento da obesidade mórbida – proporciona uma perda de peso significativa – tem exatamente o efeito contrário. Ou seja, acaba sendo responsável pelo prolongamento da vida do paciente .
Disso, pode-se concluir com convicção que a afirmação de que “quem faz cirurgia bariátrica vive menos” não é verdadeira.
O procedimento em si (da cirurgia bariátrica) tem um risco insignificante de óbito
Atualmente, existem dados estatísticos que apontam que o risco de óbito no primeiro mês após a cirurgia bariátrica é de apenas 0,13%. Isso significa que apenas 1 em cada 1.000 pacientes que realizam esse procedimento pode evoluir a óbito.
Trata-se, portanto, de um risco praticamente insignificante. Em termos comparativos, ele é menor do que o risco (de óbito) de diversos procedimentos cirúrgicos realizados com uma frequência maior do que a cirurgia bariátrica, tais como:
- A retirada da vesícula biliar;
- E a realização de uma cirurgia de prótese de quadril.
Bariátricos tendem a viver mais do que obesos mórbidos
Vários estudos (metanálises) mostram que, em comparação com os obesos mórbidos que não realizam o procedimento, há uma redução de 89% do risco de óbito tardio nos pacientes que se submetem à cirurgia bariátrica.
Assim, fica claro que, uma vez indicada a cirurgia, o paciente não deve ter receio em realizá-la. Ela pode ser, na verdade, determinante para a melhora da qualidade de vida e também para o aumento da expectativa de vida.
Conclusão
De acordo com o que foi exposto, pode-se concluir que os benefícios da cirurgia bariátrica são muito superiores ao risco (de óbito ou eventuais complicações) envolvido na realização desse procedimento.
Contudo, é sempre necessário enfatizar que a indicação desse procedimento deve ser muito bem discutida. Ou seja, o paciente precisa conversar sobre o assunto tanto com o cirurgião como com sua família e entes queridos. Até porque, trata-se de uma decisão difícil.
De qualquer forma, é totalmente falsa a ideia de que quem faz cirurgia bariátrica vive menos. Na realidade, a tendência é que aconteça exatamente o contrário.
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