Avaliação Psicológica antes da Cirurgia Bariátrica: Entenda Tudo Sobre Ela
Quando uma pessoa decide fazer a cirurgia bariátrica, ela já tentou, sem sucesso, outras alternativas para perder peso. Fato é que, nesses casos, sempre existem fatores emocionais associados à causa ou às consequências da obesidade. Dessa forma, é essencial fazer uma avaliação psicológica antes de realizar a cirurgia bariátrica.
Ela é fundamental para determinar se o paciente está realmente apto a fazer o procedimento. Quer saber todos os detalhes sobre esse assunto? Então continue lendo e confira as principais informações sobre a avaliação psicológica antes da cirurgia bariátrica!
Fatores psicológicos associados à obesidade
Como foi dito, é extremamente comum a associação de problemas emocionais e obesidade, tais como:
- Ansiedade;
- Compulsão (principalmente alimentar);
- Baixa autoestima;
- Depressão.
Exatamente devido à ocorrência de problemas como esses, é necessário realizar a avaliação psicológica antes da cirurgia.
A importância da avaliação psicológica
Muitos pacientes acreditam que a avaliação psicológica é desnecessária. Existem também aqueles que não querem realizá-la por terem criado uma ideia prévia de que o psicólogo vai reprová-los ou tentar convencê-los a desistir da cirurgia.
Contudo, pensar dessa forma é um grande equívoco. Geralmente, após algumas conversas com o psicólogo, o paciente passa a compreender a importância da avaliação. Quando isso não acontece e a pessoa se mostra emocionalmente despreparada para lidar com as mudanças impostas pela cirurgia bariátrica, é indicado não realizar o procedimento naquele momento. Pelo menos, não antes do quadro ser amenizado.
Isso acontece porque, caso a cirurgia seja realizada com o paciente inapto psicologicamente, as consequências podem ser prejudiciais, dentre elas:
- Reganho de peso;
- Substituição da compulsão alimentar por outra qualquer (deslocamento);
- Aumento dos níveis de irritabilidade e agressividade;
- Isolamento da família e do meio social em geral;
- Surgimento de picos depressivos.
A importância da avaliação psicológica antes da cirurgia bariátrica está também em evitar a ocorrência desses problemas após o procedimento.
Qual a função da avaliação psicológica antes da cirurgia bariátrica?
A avaliação psicológica analisa todos os aspectos presentes na vida do paciente, com foco naqueles que tiveram interferência na “construção” do seu quadro de obesidade. Além disso, há uma avaliação no sentido de identificar se ele está preparado para a realização da cirurgia e a recuperação pós-operatória, já que são exigidas algumas mudanças comportamentais após o procedimento. Alguns dos fatores “investigados” na avaliação são:
- Hábitos alimentares e a existência de distúrbios;
- O histórico familiar do paciente;
- Quando a obesidade começou;
- A vida social, afetiva e sexual do paciente;
- E os pensamentos e sentimentos em relação à comida e ao ato de comer.
Com base em tudo isso, a avaliação psicológica prepara o paciente para a intervenção cirúrgica. Isso é muito importante, pois a cirurgia não deixa de ser um procedimento invasivo e exige um período de recuperação.
O acompanhamento psicológico também ajuda o paciente a “abandonar” a ideia de que a sua vida vai ser, logo nas primeiras semanas após a cirurgia, como a de qualquer indivíduo que tem uma boa forma física. Muitas pessoas, até mesmo aquelas que levaram 15 ou 20 anos para desenvolver a obesidade, acham que vão emagrecer do dia para a noite graças ao procedimento. Porém, isso não é verdade.
O emagrecimento é gradativo e depende também de hábitos saudáveis após a cirurgia. Isso se refere à alimentação e também a uma boa rotina de exercícios físicos. O paciente precisa ter consciência disso antes de fazer a bariátrica. Exatamente por isso, o último passo dessa avaliação é a emissão de um laudo atestando que o indivíduo está psicologicamente apto a enfrentar as mudanças impostas pela cirurgia.
Conclusão
De acordo com todos os pontos mencionados, fica claro que a avaliação psicológica antes da cirurgia bariátrica é crucial. Realizar o procedimento sem passar por esse “processo” realmente deixa o paciente sujeito a uma série de problemas. Vale destacar ainda que, após a cirurgia, é recomendado ao paciente continuar tendo um acompanhamento psicológico para ajudá-lo a lidar com os desafios do novo estilo de vida que ele deve adotar.
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